Otosclerose é uma das causas de surdez progressiva. Resulta da ossificação das estruturas ósseas do ouvido e afeta essencialmente o menor dos 3 ossículos do sistema auditivo, o estribo. O crescimento anormal de tecido ósseo vai paralisando os movimentos do estribo, impedindo assim que este transmita as vibrações sonoras à cóclea, para depois seguirem o seu percurso até ao cérebro.
Este é um tipo de surdez condutiva que na maioria dos casos ocorre nos dois ouvidos e com maior prevalência no sexo feminino. As suas causas ainda não são totalmente conhecidas, sendo que fatores de ordem genética parecem estarem claramente envolvidos na otosclerose.
Sabemos, contudo, que as manifestações clínicas da otosclerose surgem muitas vezes durante ou logo após a gravidez e que a doença se agrava durante períodos de grande atividade hormonal.
Os exames mais frequentes, e que normalmente definem o diagnóstico, são a audiometria tonal e a Impedanciometria. Através destes testes é possível observar o padrão condutivo do som e outros parâmetros que indicam o enrijecimento dos mecanismos de transmissão ao longo do ouvido médio. Em casos mais raros, principalmente se houver indícios de perda auditiva neural, o médico pode pedir também a realização de uma tomografia computadorizada (TAC).
A cura da otosclerose é geralmente cirúrgica e o seu objetivo é restabelecer a audição do paciente através da remoção do estribo e a sua substituição por uma prótese de teflon ou titânio. Este tipo intervenção cirúrgica e o seu pós-operatório são relativamente simples e a recuperação e taxa de sucesso são normalmente altas. Uma outra opção de tratamento, bastante utilizada e preferida por alguns dos pacientes, é a colocação de um aparelho auditivo que visa repor, de forma imediata e duradoura, a capacidade auditiva.