Por várias vezes as dores de garganta são automaticamente associadas a problemas respiratórios ou infeciosos. Contudo, frequentemente nos esquecemos das implicações que as dores de garganta podem ter nos ouvidos e, consequentemente, na audição.
Assim, torna-se crucial entender a anatomia e a ligação entre a garganta e o ouvido.
A melhor e mais segura forma de prevenir problemas na audição é realizar rastreios auditivos com alguma regularidade.
Por isso, temos audiologistas com todo o conhecimento e disposição necessários para o ajudar a reconquistar a sua qualidade de vida.
Os canais que ligam a garganta ao ouvido formam um sistema complexo. Isso explica porque é que a dor de garganta, a irritação na garganta, as gripes ou as amigdalites podem causar dores agudas nos ouvidos.
A sensibilidade do ouvido externo e médio é influenciado por diferentes ramificações de nervos, como é o caso do nervo glossofaríngeo e do nervo vago, responsáveis, respetivamente, pela sensação na faringe e laringe.
Em casos de inflamação ou tumores na garganta, pode ocorrer a otalgia reflexa, uma espécie de "curto-circuito" em que a origem da dor é na garganta, mas é igualmente percebida no ouvido.
Embora não seja um sintoma comum em adultos, a gripe pode levar ao ouvido entupido devido à conexão entre as tubas de Eustáquio, que ligam o ouvido médio à região posterior da garganta.
A inflamação da garganta durante uma gripe pode resultar em processos inflamatórios no canal auditivo, causando inchaço, perda temporária de audição, "estalos" no ouvido e níveis de dor moderados ou intensos.
A otite média, uma infecção do ouvido interno, pode ser uma consequência da gripe, especialmente se o sistema imunitário estiver debilitado.
Os sintomas da inflamação nas amígdalas são mais comuns no inverno, período propício para o contágio por vírus e bactérias, uma vez que há variaçções de temperatura e aglomeração em ambientes fechados. Vírus e bactérias que causam amigdalites são, frequentemente, os mesmos responsáveis pelas otites.
A associação dessas condições é comum, sendo a otite média aguda diagnosticada com frequência em pessoas com infecções respiratórias superiores ou amigdalites.
Contrariamente ao que se pensa, a otite não se desenvolve apenas em condições externas, mas sim quando secreções provenientes de amigdalites, gripes ou constipações alcançam o ouvido médio através da trompa de Eustáquio.