A negação da perda auditiva é, sem dúvida, a primeira barreira para aqueles que começam a apresentar os primeiros sintomas da perda de audição. Aceitar que não ouvimos bem não é fácil, pois implica reconhecer uma perda de capacidades, em muitas ocasiões relacionada com a idade - presbiacusia.
À medida que o nosso corpo envelhece, a audição também se deteriora. Apesar de fazer parte do ciclo natural da vida, a perda de audição traz consigo mudanças significativas na vida das pessoas que, a maior parte das vezes, demora a aceitar e a procurar soluções para voltar a ouvir tudo novamente.
A verdade é que cada pessoa tem seu próprio tempo para assimilar e aceitar a sua perda auditiva e sentimentos de tristeza, de angústia, medo ou preocupação que possam surgir são perfeitamente normais.
A boa notícia é que existem soluções auditivas eficazes para a maioria das perdas de audição, graças à utilização de aparelhos auditivos ou de implantes cocleares. Ambas soluções com tecnologia muito sofisticada, disponíveis numa vasta variedade de tipologias e modelos.
Por regra, quando nos apercebemos dos primeiros sintomas da perda de audição e nos é diagnosticada perda auditiva surge o primeiro desafio: o reconhecimento do problema!
Qualquer mudança em termos da nossa saúde é assustadora e nestas circunstâncias, algumas pessoas tendem a relativizar, ou até mesmo a desvalorizar, a sua perda de audição.
Muitas vezes justificando que são pequenas perdas, que os outros falam baixo ou que o ruído não lhes permite ouvir corretamente. Desenganem-se! A perda auditiva é real e o atraso na reabilitação só pode agravar o problema.
Como as pessoas com perda auditiva continuam a ouvir mal, e a tendência é que a situação piore, elas irão acabar por perceber que a perda de audição condiciona as suas atividades diárias, a sua vida pessoal, social e profissional.
Mais tarde ou mais cedo, podem mesmo sentir uma frustração permanente podendo, em alguns casos, conduzir a episódios de isolamento e de depressão.
Por fim, após a luta interna, a pessoa acaba por aceitar a sua condição e perceber que a perda de audição tem cura.
Nessa altura, procurará ajuda. Invariavelmente, a primeira resposta passará por um audiologista que irá guiar a pessoa na escolha dos aparelhos auditivos mais adequado às suas necessidades específicas.